“Eu durmo, mas não descanso. Pauso, mas continuo exausto.”
Essa é uma queixa comum nos dias de hoje. E embora a sociedade insista em tratar o cansaço como algo a ser superado com produtividade, suplementos ou técnicas de gestão de tempo, há um tipo de cansaço que não se resolve com descanso.
É o cansaço que nasce de dentro. Que se acumula nas pausas não vividas, nos lutos não elaborados, nos papéis que exigem presença mesmo quando o desejo já se ausentou.
Esse esgotamento, que muitos chamam de “fadiga crônica” ou apenas “estresse”, pode esconder um cansaço emocional profundo — e merece ser escutado com atenção.
1. Nem todo cansaço é físico
Há dias em que o corpo pesa, mas o exame está normal. A noite foi tranquila, mas você acorda exausto. O final de semana foi de descanso, mas a segunda-feira chega como um golpe.
Esse é o cansaço simbólico. Aquele que carrega o peso das expectativas, das cobranças internas, da história que você sustenta calado.
E é nesse ponto que começa a importância da escuta: entender que talvez o corpo esteja expressando o que a palavra não deu conta de nomear.
Transcendência — o sintoma é, muitas vezes, o modo que o sujeito encontrou de pedir escuta.
2. O esgotamento emocional não é frescura
Vivemos em um mundo que desvaloriza o que não é visível. Dores emocionais são constantemente desacreditadas, comparadas ou ignoradas.
Mas o sofrimento psíquico existe. Ele pode se manifestar como insônia, irritabilidade, desânimo constante, crises de choro, esquecimentos, isolamento.
Muitas vezes, quem sente isso ouve conselhos como: “viaja um pouco”, “faz exercício”, “pensa positivo”. Mas a resposta não está na ação rápida — está na escuta.
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Liberdade e Pertencimento — é legítimo sentir. É legítimo parar.
3. Você não precisa carregar tudo sozinho
Quantas funções você exerce ao longo do dia? Quantas vezes sentiu que não podia fraquejar? Que não tinha o direito de cansar?
Muitas pessoas vivem sob a crença de que precisam dar conta de tudo, o tempo todo. E esse ideal de força, quando sustentado por muito tempo, vira prisão.
Buscar um espaço de escuta — seja com um psicanalista em Salvador ou online — não é sinal de fraqueza. É um gesto de cuidado e de reencontro com a própria história.
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👉 Vânia Coutinho – Psicanálise Salvador
Poder simbólico — poder, aqui, não é sobre controle. É sobre reconexão.
4. Quando procurar ajuda?
Se o cansaço se tornou constante, se há uma sensação de peso sem motivo claro, se nada mais parece ter graça ou sentido — talvez seja hora de procurar ajuda.
O trabalho analítico não propõe alívio imediato, mas um mergulho delicado nas camadas do ser. Uma travessia simbólica, lenta, mas transformadora.
Você pode começar com uma conversa. Com uma pergunta. Com um “eu não sei mais o que estou sentindo”.
Transcendência e Liberdade — escutar-se é o primeiro ato de liberdade real.
5. Salvador: entre o ritmo da cidade e o silêncio interno
Salvador pulsa. É intensa. E às vezes, a intensidade externa contrasta com a ausência de escuta interna.
Buscar atendimento psicanalítico em Salvador é encontrar um tempo diferente dentro do tempo da cidade.
Pode ser presencial, no espaço físico do consultório. Ou online, no recorte íntimo da tela. O que importa é o vínculo. O desejo de dizer. A permissão para ser escutado — sem pressa, sem julgamento, sem desempenho.
Conclusão
Nem sempre o cansaço é do corpo.
Às vezes, é a alma que não aguenta mais fingir que está tudo bem. É o sujeito que cansou de sustentar o que não deseja mais.
Se você sente que está sempre cansado, talvez não precise de mais café, mais esforço ou mais produtividade. Talvez precise de menos exigência e mais escuta.
Esse texto não é uma resposta. É uma pausa.
Um lugar simbólico onde você pode se escutar — talvez pela primeira vez.
